O agronegócio brasileiro, motor da economia nacional, vive um momento de alerta. O que antes era símbolo de solidez financeira agora enfrenta um cenário de inadimplência recorde e dívida acumulada. Com juros elevados, custos crescentes e margens de lucro pressionadas, muitos produtores e empresas se encontram diante de uma realidade desafiadora: como manter a sustentabilidade financeira sem sufocar o caixa?

Alto volume de dívida: como equilibrar

Em 2023, a inadimplência no setor estava abaixo de 1%. Hoje, em 2025, já se aproxima de 4%, o maior índice da história recente. Esse salto acendeu o alerta nas principais instituições financeiras do país, que agora veem parte significativa de suas carteiras agro com atrasos acima de 90 dias.

O Banco do Brasil, maior financiador do setor, registrou R$12,73 bilhões em dívidas vencidas, um recorde que impactou seus resultados trimestrais. Santander, Itaú e Bradesco também se posicionaram: alguns mais cautelosos, outros confiantes, mas todos conscientes de que a pressão sobre o crédito no campo só deve aumentar.

Regras mais rígidas: o papel do Banco Central

Para conter o avanço da inadimplência, o Banco Central endureceu as normas de renegociação no Manual de Crédito Rural (MCR). Agora, os produtores precisam comprovar capacidade econômica, apresentar bens e até outras fontes de receita para obter prorrogação ou reestruturação de dívidas.

Se antes a renegociação era mais acessível, hoje o produtor precisa demonstrar solidez financeira em um momento em que justamente faltam liquidez e margem.

Por que o agronegócio chegou até aqui?

Alguns fatores se combinaram para criar tal cenário:

• Juros elevados, encarecendo o crédito;
• Queda nos preços das commodities, reduzindo a receita;
• Tarifas internacionais e volatilidade de mercado, limitando a competitividade;
• Custos de insumos em alta, corroendo margens;
• Clima adverso, impactando produção e produtividade.

Com isso, o resultado é previsível, muitos produtores se encontram alavancados acima da capacidade de pagamento, sem fôlego para atravessar o momento contando apenas com crédito bancário tradicional.

Soluções Financeiras

A escalada da inadimplência no agronegócio não é apenas estatística. Ela já está comprometendo safras, empresas e o futuro de muitos negócios rurais. A diferença entre quem afunda em dívidas e quem se reinventa financeiramente está em buscar soluções financeiras além do crédito tradicional.

Na AgroBens, acreditamos em crédito smart, soluções financeiras que buscam otimizar a saúde do negócio a longo prazo. Alguns exemplos de estruturas financeiras pensadas para o cenário atual do setor:

• Reestruturação e alongamento de dívidas para aliviar o fluxo de caixa;
• Captação estratégica de crédito com condições personalizadas;
• Criação de FIDCs próprios (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), permitindo transformar recebíveis em liquidez imediata, captar investidores e reduzir dependência bancária;
• Desalavancagem da operação, reduzindo dívidas no balanço e gerando eficiência tributária.

Essa não é apenas uma resposta emergencial. É uma estratégia de resiliência que garante sustentabilidade no presente e competitividade no futuro.

Se você é produtor ou gestor de uma empresa do agro, sabe que cada safra é um desafio. Mas quando o crédito aperta, os juros sobem e o fluxo de caixa fica comprometido, é preciso pensar diferente. Conte com a AgroBens para transformar crise em oportunidade.